Miliumas

Miliumas
O livro em Movimento

quinta-feira, novembro 17, 2011

2011


resumo das atividades em 2011


Ganhamos um acervo extra pela Biblioteca Nacional.

http://sistemas.conectait.com.br:8097/bn/application/doc_pdv/EDITAL3_2011.html

Intensifico agora para 2012 as propostas para o miliumas 2.0 que reconhece as mil possibilidades artísticas de exploração da leitura como um todo com as versões digitais de e-books ampliadas e cenário para narrações.


participei do Festival Ruth Rocha


Biblioteca São Paulo


No mesmo espaço onde era o Carandirú e estava eu de novo onde fui gravar há tanto tempo figuração para Carandirú o filme do Babenco , naquela época ainda existiam pavilhões habitados, então convivíamos com os presos reais entre os figurantes, lembrava um pouco o trem fantasma da minha infância e agora estava chegando para um novo tempo, os 111 presos gritando no meu ouvido em 11 do 11 , está tudo em transmutação e o livro fazendo sua parte.



Estávamos alí reunidos para brincar em torno do livro da Ruth Rocha , Viva a diferença , o Brasil louvando a honra de tanta mistura de raça proveniente da maneira de ser brasileira.
O formato desta contação é multimídia e fica entre o desenho animado e a contação ao vivo, improvisada a partir de um livro sem palavras num ritual de alegria pela palavra .Cada um com sua história, sua cor de cabelo , um Brasil de muitas cores a alegria de ser quem somos e de gostarmos de brincar, de amarelinha de roda de peteca, deixamos as grandes discussões para os adultos.Nós podemos fazer um mundo paralelo onde reine a  PAZ.Miliumas hoje tem A voz da vó da atualidade que reconhece e se utiliza dos meios digitais para aproximar a criança do livro.
e desejo muitas muitas rosas para todos 





AS lendas da floresta  me interessam demais e fazem parte  incessante da pesquisa.






Mata de Heloísa Prieto Cia das letrinhas
Amazonas Thiago Mello Cosac e Naify
Lendas de Henriuqeta Lisboa Peirópolis


Trilha sonora
Waldemar Henrique
Osvaldo Oz 
D Mariana tambor de Mina terreiro Pai Francelino de Shapanan captado Spetto San 











Um conto para celebrar o fogo de São João em nossa alma..
A Menina da Lanterna



Era uma vez uma menina que carregava alegremente sua lanterna pelas ruas. De repente chegou o vento e com grande ímpeto apagou a lanterna da menina.

Ah! Exclamou a menina. – Quem poderá reacender a minha lanterna? Olhou para todos os lados, mas não achou ninguém. Apareceu, então, uma animal muito estranho, com espinhos nas costas, de olhos vivos, que corria e se escondia muito ligeiro pelas pedras. Era um ouriço.

Querido ouriço! Exclamou a menina, - O vento apagou a minha luz. Será que você não sabe quem poderia acender a minha lanterna? E o ouriço disse a ela que não sabia, que perguntasse a outro, pois precisava ir pra casa cuidar dos filhos.

A menina continuou caminhando e encontrou-se com um urso, que caminhava lentamente. Ele tinha uma cabeça enorme e um corpo pesado e desajeitado, e grunhia e resmungava.

Querido urso, falou a menina, - O vendo apagou a minha luz. Será que você não sabe quem poderá acender a minha lanterna? E o urso da floresta disse a ela que não sabia, que perguntasse a outro, pois estava com sono e ia dormir e repousar.

Surgiu então uma raposa, que estava caçando na floresta e se esgueirava entre o capim. Espantada, a raposa levantou seu focinho e, farejando, descobriu-a e mandou que voltasse pra casa, porque a menina espantava os ratinhos. Com tristeza, a menina percebeu que ninguém queria ajudá-la. Sentou-se sobre uma pedra e chorou.

Neste momento surgiram estrelas que lhe disseram pra ir perguntar ao sol, pois ele concerteza poderia ajudá-la.

Depois de ouvir o conselho das estrelas, a menina criou coragem para continuar o seu caminho.

Finalmente chegou a uma casinha, dentro da qual avistou uma mulher muito velha, sentada, fiando sua roca. A menina abriu a porta e cumprimentou a velha.

- Bom dia querida vovó – disse ela

- Bom dia, respondeu a velha.

A menina perguntou se ela conhecia o caminho até o Sol e se queria ir com ela, mas a velha disse que não podia acompanhá-la porque ela fiava sem cessar e sua roca não podia parar. Mas pediu a menina que comesse alguns biscoitos e descansasse um pouco, pois o caminho era muito longo. A menina entrou na casinha e sentou-se para descansar. Pouco depois, pegou sua lanterna a continuou a caminhada.

Mais pra frente encontrou outra casinha no seu caminho, a casa do sapateiro. Ele estava consertando muitos sapatos. A menina abriu a porta a cumprimentou-o. Perguntou, então se ele conhecia o caminho até o Sol e se queria ir com ela procurá-lo. Ele disse que não podia acompanhá-la, pois tinha muitos sapatos para consertar. Deixou que ela descansasse um pouco, pois sabia que o caminho era longo. A menina entrou e sentou-se para descansar. Depois pegou sua lanterna e continuou a caminhada.

Bem longe avistou uma montanha muito alta. Com certeza, o Sol mora lá em cima – pensou a menina e pôs-se a correr, rápida como uma corsa. No meio do caminho, encontrou uma criança que brincava com uma bola. Chamou-a para que fosse com ela até o Sol, mas a criança nem responde. Preferiu brincar com sua bola e afastou-se saltitando pelos campos.

Então a menina da lanterna continuou sozinha o seu caminho

Foi subindo pela encosta da montanha. Quando chegou ao topo, não encontrou o Sol.

- Vou esperar aqui até o Sol chegar – pensou a menina, e sentou-se na terra.

Como estivesse muito cansada de sua longa caminhada, seus olhos se fecharam e ela adormeceu.

O Sol já tinha avistado a menina há muito tempo. Quando chegou a noite ele desceu até a menina e acendeu a sua lanterna.

Depois que o sol voltou para o céu, a menina acordou.

- Oh! A minha lanterna está acessa! – exclamou, e com um salto pôs-se alegremente a caminho.

Na volta, reencontrou a criança da bola, que lhe disse ter perdido a bola, não conseguindo encontrá-la por causa do escuro. As duas crianças procuraram então a bola. Após encontrá-la, a criança afastou-se alegremente.

A menina da lanterna continuou seu caminho até o vale e chegou à casa do sapateiro, que estava muito triste na sua oficina.

Quando viu a menina, disse-lhe que seu fogo tinha apagado e suas mãos estavam frias, não podendo, portanto, trabalhar mais. A menina acendeu a lanterna do artesão, que agradeceu, aqueceu as mãos e pôde martelar e costurar seus sapatos.

A menina continuou lentamente a sua caminhada pela floresta e chegou ao casebre da velha. Seu quartinho estava escuro. Sua luz tinha se consumido e ela não podia mais fiar. A menina acendeu nova luz e a velha agradeceu, e logo sua roda girou, fiando, fiando sem cessar.

Depois de algum tempo,a menina chegou ao campo e todos os animais acordaram com o brilho da lanterna. A raposinha, ofuscada, farejou para descobrir de onde vinha tanta luz. O urso bocejou, grunhiu e, tropeçando desajeitado, foi atrás da menina. O ouriço, muito curioso, aproximou-se dela e perguntou de onde vinha aquele vaga-lume gigante. Assim a menina voltou feliz pra casa.

Fonte: arquivos da Pedagogia Waldorf





Carmen Quartim Madia.
 






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