Miliumas

Miliumas
O livro em Movimento

quarta-feira, dezembro 29, 2010

teatro e literatura

http://caetanovilela.blogspot.com/2011/03/direto-do-estadao-literatura-e-teatro.html










Miliumas o livro em movimento








 Entrevista



   sei que se a prioridade fosse a educação e o incentivo à leitura paralelamente, seríamos vencedores na prevenção de doenças sociais
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS - UMA ARTE
  Entrevista com Tecka Mattoso
Atriz narradora e autora do projeto Miliumas - 0 Livro em Movimento que visa incentivar leitura e formar mediadores. Trabalha e quer trabalhar mais ainda nos projetos de incentivo à leitura .Ganhou Ponto de Leitura do MINC e necessita de apoio para realização das oficinas multiplicadoras das ações de leitura. Colaborações serão bem vindas.
Tecka, conte pra gente um pouco de você mesma. De onde vem, formação, onde estudou, infância e juventude e coisas assim. Sou filha e neta de poetas, cresci ouvindo poesia no almoço e no jantar. Família do interior de São Paulo que lutava para encontrar um espaço bucólico na cidade, encontrei a terceira margem, as lendas e histórias, o teatro, a dança, a literatura. Fiz a formação de educadora através do magistério, que era a única na época e a graduação em teatro. Dava aulas de teatro para pré-escola e fazia teatro no Ventoforte, uma proposta popular onde o ator é um contador de histórias, que conhece o todo. Com o tempo fui juntando tudo e fazendo a massa do projeto Miliumas. A escola foi fator imprescindível na sua formação? Você julga que deve seus conhecimentos básicos a ela? Justifique, por favor. A Escola Ventofortiana, do teatro Ventoforte de Ilo Krugli foi fundamental na minha formação e ainda mais a prática de contar, contar e contar desde muito cedo, quando era professora de maternal. Já na faculdade mesmo, na época que fiz, o assunto da tradição dos contadores de histórias ainda nem era citada. Por isso digo que fui uma desbravadora auto didata. De que maneira você se apaixonou pelos livros e pelas histórias que os livros carregam dentro deles? Foi ouvindo histórias lidas dos livros em capítulos toda noite pela minha mãe professora primária das melhores. Depois como contadora de histórias do Planeta das histórias da Editora Ática que fui me especializando nas adaptações, cada dia tinha que narrar sete histórias novas, era maravilhoso. Como professora de maternal foi o início da paixão oral, depois fui fazer teatro e como educadora fui assimilando as técnicas teatrais para uso em sala de aula e finalizando o trabalho na editora me referenciou como dramaturgia literária. Passei a ver cada livro como um espetáculo que é. Qual a sua percepção da leitura no Brasil de hoje? Lia-se muito pouco antigamente , mas agora existem movimentos reais para transformação da situação da leitura e o ponto de leitura que recebi como apoio do MINC/MEC é um início. Acredito que as crianças que estão crescendo nesta nova realidade serão certamente leitores. Existe agora um novo olhar para a biblioteca que passa a ser um lugar vivo, um centro cultural onde a memória é valorizada. Fale agora um pouco do trabalho que você faz e que tipo de satisfações ou prazeres ele lhe traz. Para você, qual a importância desse trabalho para as crianças? Gosto muito da diversidade presente no trabalho de contadora de histórias. Cada local, cada público é totalmente diferente. O trabalho de narrar em asilos foi maravilhoso, em salas de Internet gosto muito pela junção do primitivo e do tecnológico mas o trabalho com as crianças me fascina pela formação da base. A criança estimulada desde cedo será uma leitora e poderá realmente ter sua vida transformada para melhor. Falando em crianças brasileiras, o que você acha das crianças deste momento histórico que estamos vivendo? Acho que o contato com os livros pode auxiliar muito na formação da criança brasileira . Se fosse chamada a recomendar 3 livros aos professores, quais recomendaria? Por que esses e não outros? Muito difícil esta escolha mas se fosse indicar para os educadores contarem as crianças indico a trilogia do Umberto Eco: Os Gnomos de Gnú, Os três astronautas e A bomba e o General da Editora Ática, pelo poder de sintetizar tudo que necessitamos ouvir para preservação do planeta. Se for para indicar para leitura do educador se aproximar ao universo do contador de histórias então indico: Seis Propostas para o próximo milênio de Italo Calvino, O poder do mito de Campbell e Acordais de Regina Machado, porque eles falam de tudo que necessitamos para entrar no mágico universo dos contadores de histórias e multiplicar as ações . Agora vamos pular para a realidade brasileira do presente, como você a vê? E qual a nossa paisagem cultural e educacional dentro desse quadro maior? Acho que existe uma confusão nas prioridades e sei que se a prioridade fosse a educação e o incentivo à leitura paralelamente, seríamos vencedores na prevenção de doenças sociais. Se focássemos nelas, elas iriam longe e o Brasil junto. Caso alguém queira uma apresentação ou palestra sua, o que tem que fazer? Por favor, forneça todas as orientações. Entrar em contato pelo email ou telefone 0**11-9214.8510 teckamattoso@hotmail.com  Espaço aberto, fale o quiser, pois nem sempre acertamos as perguntas... Acredito que cada vez mais o contador de histórias vai recuperando seu grande valor na sociedade, ganha espaços em bibliotecas, escolas, asilos, hospitais,centros culturais, TV, radio, Internet, como mediador de leitura, como educador ambiental, animador cultural, arte educador. Penso que o contador de histórias possa ser muito útil na formação de leitores, em atividades para educação formal e ambiental e coloco meu currículo à disposição de projetos para todo o Brasil.
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